quarta-feira, 30 de março de 2011

Encarando a morte.

Se um dia a morte me encontrar solitário, sentado num banco; num canto qualquer do destino, vou olhar dentro dos olhos dela sem medo pra ver o que é que tem atrás do buraco negro.

Ela não vai ter que me perguntar o que fiz no tempo em que tive tempo, pois há tempos trago contabilizado onde levaram-me meus passos, minhas marcas no caminho e o caminho passado. .

Nem terá o prazer de me ver fraquejar Serei só um cara cansado , mas bem resolvido; e não deixei de viver tudo que a vida tenha me oferecido


Se me perguntar o que não valeu a pena, certamente eu vou rir e lembrando meus amores, dizer que tudo valeu a pena, até mesmo as minhas dores.

Aí vou me levantar, deixa-la falando sozinha; e perguntarei se não dá pra abrir logo a porta pra eu começar a explorar o outro lado, pois esse aqui, eu explorei por completo.


JJ. Braga Neto

Um comentário:

Veronica de Nazareth-Noic@ disse...

Amigo-Afilhado Amado...

nesse "jogo de braço" com a astuta morte, nunca tive dúvida de que serias o mais forte (como penso que eu tb seja), por todos os motivos...Que belo encontro/duelo esse, meu amigo. Pois eu sei, com certeza, que tua alma/postura é mesmo a de um homem que não fugiu das suas batalhas, nem fugirá da guerra final. Eis ai a maior vitória de qualquer bom lutador...e és um.
Bjo de Luz.