domingo, 6 de fevereiro de 2011




A Espera

Todos os dias,
ela ia
esperar no mar.

Passavam-se os dias
o tempo esvaia
a alma sofria
e ela queria
entre a bruma
sobre a espuma
que cobria o mar,
ver de volta a escuna
que o levou embora
num romper de aurora
pra não mais voltar.

O tempo passou
a dor perdurou
e ela o sabia
enquanto ia
no eterno esperar ;
que ele e o veleiro
jamais voltariam
do fundo do mar.

Mas também sabia
que ela sempre iria
todos os dias
pra sempre esperar.


JJ

3 comentários:

Marlene disse...

João adorei seu poema,triste melancólico,mas lindo cheio de amor de saudade,e solidão ,é a alma do poeta,,,em seu mundo de iluzão,
para voce meus respeito e carinho
tenha uma semana iluminada
marlene

mARa disse...

...belo!

existem esperas que sabemos para sempre...

beijo!

Anônimo disse...

Oi meu querido, que honra receber vc no meu cantinho. Existem esperas que são intermináveis, e como dói querido. Um espetáculo como sempre. Agora podemos estar mais próximos JJ. Adoro vc Poeta. Beijos no coração.