quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Surfista.

Vou por ai,
juntando cacos de mim,
sem ouvir vozes nem risos,
sem amigos ,
sem nada do que preciso,
alma penada, zumbi.....
vou por ai!

Em noites que são as mesmas,
luzes acesas ,
enxurradas de incertezas,
dores, odores,
perfumes, sabores;
(...e dissabores...);
e eu vou por ai,
reduzido a fragmentos
sou o mesmo
sem gemido
sem lamento
vou vagando ,
sou um artista....
sou surfista
na crista do sofrimento.!

Vou por ai,
de ponto em ponto,
de noite em noite,
de encontro a encontro
(...e desencontros)
de bar em bar,
alma sem vida ,
praia sem mar,
fera ferida,.
homem sem lar;
noite sem lua,
um mar sem agua,
vida estragada
eu sou calçada
que não tem rua.

E assim vou do meu jeito,
buscando no meu passado,
pedaços fragmentados,
flashs de felicidade;
ando contra a correnteza,
sem você nessa cidade!
JJ 03 . 02 . 11

Nenhum comentário: